A investigação liderada pela Doutora Olga Martinho, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho, procurou neste trabalho desvendar os potenciais mecanismos celulares de resistência ao fármaco Bevacizumab em células de glioblastoma (tumor cerebral).
A terapia anti-VEGF com Bevacizumab está aprovada para o tratamento de um grupo especifico de pacientes com glioblastoma, no entanto, sabe-se que os tumores adquirirem resistência e, eventualmente, tornaram-se ainda mais agressivos e infiltrativos após o tratamento.
A team of Researchers from the Center for Neuroscience and Cell Biology (CNC) developed a nanoparticle capable of delivering therapeutic molecules to malignant brain tumors, which are generally associated with a short life expectancy after diagnosis.
The publication of the study, lead by the CNC researcher Conceição Pedroso de Lima, is the result of four years of work on the development of a new therapy for glioblastoma, a highly malignant and lethal type of brain tumor.
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu uma nanopartícula capaz de entregar moléculas terapêuticas a tumores cerebrais malignos, que reduzem a vida dos doentes para 12 a 15 meses após diagnóstico.
O estudo publicado, liderado pela investigadora do CNC Conceição Pedroso de Lima, resulta do trabalho realizado ao longo dos últimos quatro anos com vista ao desenvolvimento de uma nova terapia para glioblastoma, uma forma altamente maligna de tumor cerebral
Olga Martinho,a,b,c Natália Vilaça,d Paulo J. G. Castro,d Ricardo Amorim,a,b António M. Fonseca,d Fátima Baltazar,a,b Rui M. Reisa,b,c# and Isabel C. Nevesd#
O glioblastoma é um dos tumores mais comum e agressivo no sistema nervoso central, pelo que nas últimas décadas presenciámos avanços significativos no tratamento de pacientes com glioblastoma, sendo o atual, a neurocirurgia seguida por radioterapia concomitante com quimioterapia à base de temozolomida (TMZ). Apesar desses avanços, a sobrevivência mediana relatada continua a ser de apenas 15 meses.
Marta Pojo a,b, Céline S. Gonçalves a,b, Ana Xavier-Magalhães a,b, Ana Isabel Oliveira a,b, Tiago Gonçalves a,b, Sara Correia c, Ana J. Rodrigues a,b, Sandra Costa a,b, Luísa Pinto a,b, Afonso A. Pinto d, José M. Lopes e,f,g, Rui M. Reis a,b,h, Miguel Rocha c, Nuno Sousa a,b, Bruno M. Costa a,b
O glioblastoma é o tumor cerebral primário mais maligno, exibindo elevada resistência à terapia convencional, o que se traduz numa mediana de sobrevivência dos pacientes de apenas 15 meses após o diagnóstico. Em estudos anteriores do grupo já tinha sido mostrado que o HOXA9, um fator de transcrição essencial durante a fase embrionária, está associado a um pior prognóstico dos pacientes com glioblastoma, e tinham-se demonstrado os mecanismos que regulavam a sua activação.
Joana Vieira de Castro1,2, Céline S. Gonçalves1,2, Sandra Costa1,2, Paulo Linhares3, Rui Vaz3, Ricardo Nabiço4, Júlia Amorim4, Marta Viana-Pereira1,2, Rui M. Reis1,2,5, Bruno M. Costa1,2
1 Life and Health Sciences Research Institute, University of Minho, Campus de Gualtar, 4710-057, Braga, Portugal;
O glioblastoma é o tumor mais comum e mais maligno do sistema nervoso central. Apesar de diversos avanços na medicina, estes tumores têm ainda um mau prognóstico, apresentando os pacientes uma mediana de sobrevivência de apenas 15 meses após o diagnóstico. Apesar de serem considerados muito heterogéneos, estes tumores são na maioria das vezes tratados de uma forma padronizada, o que se deve em parte à inexistência de marcadores moleculares de prognósticos fiáveis.