O cancro da próstata (CaP), uma das principais causas de mortalidade e morbilidade associada ao cancro, surge através de alterações genéticas e epigenéticas. A desregulação da actividade das metilases (MTH) e/ou desmetilases (DMH) das histonas tem sido associada com a progressão do CaP. Contudo, permanece por descobrir a real influência da alteração da expressão destas enzimas e das respectivas marcas das histonas, na génese e progressão do CaP.
Tiago Baptista1,2, Inês Graça1,2,4, Elsa J. Sousa1,2, Ana I. Oliveira1,2, Natália R. Costa1,2, Pedro Costa-Pinheiro1,2, Francisco Amado5, Rui Henrique1,3,6 and Carmen Jerónimo1,2,6
1Cancer Epigenetics Group, Research Center, Portuguese Oncology Institute – Porto, Portugal
2Department of Genetics, Portuguese Oncology Institute – Porto, Portugal
3Department of Pathology, Portuguese Oncology Institute – Porto, Portugal
Dentro dos mecanismos clássicos de carácter epigénetico associado à carcinogénese, aqueles que dizem respeito às alterações de variantes de histonas são os menos compreendidos. Contudo, nos últimos anos, a variante H2A.Z e a sua forma acetilada têm surgido como um elemento importante no desenvolvimento e progressão neoplásica, nomeadamente em cancro da mama e da próstata, tendo sido sugeridas como alvos terapêuticos em carcinoma mamário.
O artigo intitulado «Anti-tumoral effect of the non-nucleoside DNMT inhibitor RG108 in human prostate cancer cells» encontra-se inserido num projecto de doutoramento em Patologia e Genética Molecular do ICBAS-UP, desenvolvido no Centro de Investigação do IPO-Porto. O cancro da próstata (CaP) é uma das neoplasias malignas mais comuns e uma causa importante de morbilidade e mortalidade, nomeadamente devido à aquisição de hormono-resistência. O silenciamento de genes supressores tumorais resultante da metilação aberrante do DNA é um fenómeno muito frequente em carcinoma prostático.
João D. Barros-Silva (1,2,3,4), Paula Paulo (1,2,3,4), Anne Cathrine Bakken (3,4), Nuno Cerveira (1), Marthe Løvf (3,4), Rui Henrique (5,6,7), Carmen Jerónimo (1,6,7), Ragnhild A. Lothe (3,4), Rolf Inge Skotheim (3,4) and Manuel R. Teixeira (1,2,4,7)
(1)Department of Genetics, Portuguese Oncology Institute, Porto, Portugal;
(2)Group of Cancer Genetics, Research Centre of the Portuguese Oncology Institute, Porto, Portugal;
Este estudo, realizado no Centro de Investigação do IPO-Porto em estreita colaboração com um grupo de investigação do Institute for Cancer Research de Oslo, Noruega, tinha como objectivo encontrar novos genes envolvidos em fusões genómicas com os factores de transcrição ETS em cancro da próstata (CaP). Para tal foram estudados 18 CaP com sobre-expressão dos factores de transcrição ETV1, ETV4 ou ETV5, com quebra genómica comprovada por FISH, mas sem parceiro de fusão 5’ identificado.
A multidisciplinary team of University of Porto - researchers from the Laboratório de Engenharia de Processos Ambiente e Energia (LEPAE) of FEUP, the IBMC and IPATIMUP - together with researchers from Chalmers University of Technology (Sweden), the University of Nebraska Medical Center (USA) and Institute for Cancer Research (Norway) studied, for three years, the use of gold nanoparticles as a way to treat cancer and concluded that they increase efficiency permeation of retention and penetrability of therapeutic drugs in tissue affected by the disease.
Este estudo do consórcio internacional PRACTICAL, com a participação de investigadores do Centro de Investigação do IPO-Porto, analisou 211.155 variantes genéticas em 25.074 doentes com cancro da próstata, comparando a sua frequência com a observada em número similar de homens saudáveis. A análise dos resultados permitiu identificar 23 novas variações genéticas que conferem susceptibilidade aumentada para cancro da próstata, muitas das quais associadas com cancro da próstata agressivo, com manifestação da doença em idade jovem e com risco familiar.