cancro do colo do útero

O rastreio do cancro do colo do útero continua a ser essencial para controlar a incidência e mortalidade associados a esta neoplasia. Atualmente, este rastreio é baseado na pesquisa e genotipagem de Vírus do Papiloma Humano (HPV) de alto risco. Este método é altamente sensível, mas a sua especificidade é limitada. Assim, neste estudo, os investigadores do IPO do Porto e da Administração Regional de Saúde do Norte avaliaram marcadores de metilação de DNA em amostras incluídas em parafinas e em citologias cervicais em meio líquido para triagem de mulheres positivas para HPV de alto risco.

Cervical cancer (CC) is considered the 4^th most common cause of death in women worldwide, with over 99% of cases related to human papilloma virus (HPV) infection. According to data from Globocan, in 2020, there were 341 831 deaths, with a higher incidence in developing countries, mainly due to limited financial resources and access to health care. The development of this pathology is related to the expression of the HPV E6 and E7 proteins, since they can interfere with the cellular regulatory mechanisms potentiated by tumor suppressor proteins, such as p53 and pRB proteins.

O cancro do colo do útero (CCU) é considerado a 4º causa mais comum de morte em mulheres em todo o mundo, com mais de 99% dos casos relacionados com infeção pelo papiloma vírus humano (HPV). De acordo com os dados do Globocan, em 2020, ocorreram 341 831 mortes observando-se uma maior incidência em países em desenvolvimento devido principalmente ao limite de recursos financeiros e acesso a cuidados de saúde.

O cancro do colo do útero assume-se como um sério problema de saúde pública, representando a terceira neoplasia ginecológica mais frequente em todo o mundo com cerca de 530 000 casos diagnosticados por ano. Em Portugal são registados cerca de 950 novos casos e 378 mortes por ano, sendo o cancro do colo do útero a 4ª neoplasia mais frequente. A infeção persistente com um ou mais tipos de Human papillomavirus (HPV) de alto risco é considerada o principal fator etiológico do desenvolvimento de lesões intraepiteliais do colo do útero que podem evoluir para carcinoma invasivo.

No decorrer do desenvolvimento da tese de Doutoramento em Biologia em estratégias de prevenção e estudo de potenciais marcadores para o desenvolvimento do cancro do colo do útero, realizada no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P. em Lisboa, Ana Gradíssimo recolheu dados que sugerem que a determinação do estado físico do DNA do Vírus do Papiloma Humano (HPV) poderá ser um importante marcador de progressão e/ou desenvolvimento de lesões pré-malignas desta neoplasia.