ProstARK, nova calculadora de risco para doentes com cancro da próstata, ajuda na decisão entre vigilância ativa ou tratamento com intuito curativo

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ProstARK, nova calculadora de risco para doentes com cancro da próstata, ajuda na decisão entre vigilância ativa ou tratamento com intuito curativo

Quarta, 09.10.2024

Investigadores do Grupo de Epigenética e Biologia do Cancro, do CI-IPOP, criaram uma nova ferramenta de estratificação de risco, com o objetivo de ajudar na decisão terapêutica de doentes com cancro da próstata. O cancro da próstata continua a ser um importante problema de saúde nos homens. No entanto, na última década tem sido levantada a questão do sobrediagnóstico e sobretratamento destes doentes, uma vez que uma percentagem significativa dos doentes diagnosticados é portadora de doença indolente com muito baixa probabilidade de mortalidade associada. Desta forma, torna-se cada vez mais relevante a implementação de novas estratégias que ajudem a identificar este grupo de doentes e, assim, apoiar a decisão terapêutica.

A calculadora ProstARK conjuga a imunoexpressão do marcador de proliferação, Ki67, comumente usado noutras neoplasias sólidas, com outros parâmetros clínicos com impacto prognóstico, como a idade ao diagnóstico, estadio clínico, valores de PSA sérico e grupo de graduação ISUP.

Com recurso a uma técnica amplamente usada em laboratórios de Anatomia Patológica, os investigadores conseguiram criar uma calculadora de risco económica e fácil de implementar na clínica, permitindo com maior confiança ajudar os médicos e pacientes na decisão entre vigilância ativa e tratamento com intuito curativo. A utilização cada vez mais comum da patologia digital poderá aperfeiçoar ainda mais a avaliação do Ki67 por imunohistoquímica. Com base nesta descoberta, a equipa responsável pelo desenvolvimento da calculadora ProstARK submeteu uma patente (20242005764083) para esta ferramenta inovadora “ProstARK calculator - Prostate ARisk with Ki67”.

 

Autores e Afiliações:

Ângela Albuquerque-Castro 1 2, Catarina Macedo-Silva 1, Rúben Oliveira-Sousa 1 2, Vera Constâncio 1 3, João Lobo 1 4 5, Isa Carneiro 1 2, Rui Henrique 1 4 5, Carmen Jerónimo 6 7
1 Cancer Biology & Epigenetics Group, Research Center of IPO Porto (CI-IPOP)/ CI-IPOP@ RISE (Health Research Network), Portuguese Oncology Institute of Porto (IPO-Porto)/Porto Comprehensive Cancer Center Raquel Seruca (Porto.CCC), R. Dr. António Bernardino de Almeida, 4200-072, Porto, Portugal.
2 Masters' in Oncology, ICBAS-School of Medicine and Biomedical Sciences, University of Porto (ICBAS-UP), Rua Jorge Viterbo Ferreira 228, 4050-513, Porto, Portugal.
3 Doctoral Program in Biomedical Sciences, ICBAS-School of Medicine and Biomedical Sciences, ICBAS-UP), University of Porto, University of Porto (ICBAS-UP), Rua Jorge Viterbo Ferreira 228, 4050-513, Porto, Portugal.
4 Department of Pathology, Portuguese Oncology Institute of Porto (IPO Porto) / Porto Comprehensive Cancer Center Raquel Seruca (Porto.CCC), Research Center-LAB 3, F Bdg, 1st floor, Rua Dr António Bernardino de Almeida, Porto, 4200-072, Portugal.
5 Department of Pathology and Molecular Immunology, ICBAS-School of Medicine and Biomedical Sciences, University of Porto, Rua Jorge de Viterbo Ferreira 228, 4050-313, Porto, Portugal.
6 Cancer Biology & Epigenetics Group, Research Center of IPO Porto (CI-IPOP)/ CI-IPOP@ RISE (Health Research Network), Portuguese Oncology Institute of Porto (IPO-Porto)/Porto Comprehensive Cancer Center Raquel Seruca (Porto.CCC), R. Dr. António Bernardino de Almeida, 4200-072, Porto, Portugal.
7 Department of Pathology and Molecular Immunology, ICBAS-School of Medicine and Biomedical Sciences, University of Porto, Rua Jorge de Viterbo Ferreira 228, 4050-313, Porto, Portugal. 
 

Abstract:

Accurate prostate cancer (PCa) patient diagnosis and risk assessment are key to ensure the best outcome. Currently, low- and favorable intermediate-risk PCa patients may be offered active surveillance due to the indolent nature of the disease. Nonetheless, deciding between active surveillance and curative-intent treatment remains an intricate task, as a subset of these patients may eventually progress, enduring poorer prognosis. Herein, we sought to construct risk calculators based on cancer biomarkers, enabling more accurate discrimination among patients which may benefit from active interventions.

Ki67 immunoscore, GSTP1 and KLF8 promoter methylation levels (me) were assessed in PCa tissues. Study endpoints included overall and biochemical recurrence-free (BCR) survival. Combination with relevant clinicopathological parameters allowed for construction of graphical calculating tools (nomograms).

Higher Ki67 index correlated with worse BCR-free survival, whereas higher KLF8me levels were associated with improved overall survival, especially in patients with lower-grade tumors. GSTP1me levels had no prognostic value. Among prognostic models tested, a BCR-risk calculator – ProstARK (including Ki67 and clinicopathologic parameters) – disclosed 79.17% specificity, 66.67% sensitivity, 55% positive predictive value, 86% negative predictive value, and 75.76% accuracy. Similar results were found using an independent PCa biopsy cohort, validating its prognostication ability.

Combining clinicopathologic features and Ki67 index into a risk calculator enables easy and accurate implementation of a novel PCa prognostication tool. This nomogram may be useful for a more accurate selection of patients for active surveillance protocols. Nonetheless, validation in a larger, multicentric, set of diagnostic PCa biopsies is mandatory for further confirmation of these results.

 

Revista: Biomarker Research

 

Linkhttps://biomarkerres.biomedcentral.com/articles/10.1186/s40364-024-00627-4