Extracolonic tumours in a pedigree with EPCAM-related Lynch Syndrome

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Extracolonic tumours in a pedigree with EPCAM-related Lynch Syndrome

Monday, 26.09.2022

A síndrome de Lynch é uma das síndromes hereditárias de predisposição para cancro mais comuns. Trata-se de uma doença com transmissão autossómica dominante que surge após uma mutação germinativa num dos genes envolvidos na reparação do ADN: MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2. Os indivíduos afetados apresentam um risco acrescido para cancro colorretal e outros cancros extracólicos, nomeadamente endométrio, ovário, estômago, intestino delgado, trato urinário, pâncreas e outros tumores cerebrais ou de glândulas. Mais recentemente, verificou-se que o gene EPCAM também está envolvido no aparecimento da síndrome de Lynch e, ao contrário de outras síndromes genéticas de predisposição para cancro colorretal, a relação genótipo-fenótipo neste subgrupo de doentes não está completamente caracterizada. De acordo com a literatura, pensa-se que a mutação no gene EPCAM condiciona menor risco para neoplasias extracólicas. No entanto, existem algumas famílias mais raras, portadoras desta mutação, que apresentam elevado número de neoplasias extracólicas. Evidencia crescente tem demonstrado vários fatores que explicam estas diferenças fenotípicas em indivíduos com a mesma alteração genética, nomeadamente mutações epigenéticas, fatores ambientais ou microbioma intestinal. A identificação precoce da síndrome de Lynch e a elaboração de um programa de vigilância oncológica para os indivíduos afetados é fundamental para redução da morbimortalidade. No entanto, para a elaboração destes programas de vigilância é necessário o conhecimento do risco de cancro associado a cada mutação. Desta forma, torna-se de vital importância a contínua caracterização e entendimento da tradução clínica das alterações genéticas dos doentes.


Joana Alves da Silva1, Sérgio Castedo2,3,4,5, Isabel Pedroto1,3, Ricardo Marcos-Pinto1,3

1 Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar Universitário do Porto

2 Institute of Molecular Pathology and Immunology, University of Porto

3 Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S)

4 Serviço de Genética Médica, Centro Hospitalar Universitário de São João

5 Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

6 Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto

 

Abstract:

Lynch Syndrome is characterized by phenotypic and genotypic heterogeneity. Despite scarce evidence, individuals with an EPCAM deletion appear to have a comparable risk of colorectal cancer (CRC) as MSH2 mutation carriers, but a lower risk of extracolonic cancer (such as endometrial cancer) unless the deletion extends close to the promoter of MSH2. A genotype-phenotype correlation is yet to be established for EPCAM alterations. In this report, we describe a family with EPCAM deletion characterized by a particularly aggressive phenotype and extracolonic cancer. We present a family with 5 members carrying an EPCAM deletion encompassing exons 8 and 9. Three female family members presented CRC at the ages of 32, 44 and 60 (mucinous moderately and well-differentiated adenocarcinoma); in two of them metachronous colon cancers and advanced adenomas were diagnosed in the intensive surveillance program. Two female patients (42 and 63 years-old) presented with gastric cancer (GC). Two patients presented with small bowel cancer at 51 and 60 years-old - the first one presented a metachronous jejunal cancer at 68 years. Only one family member was submitted to hemithyroidectomy due a right-lobe Hürthle cell carcinoma at 56 years-old. This report illustrates the existence of intrafamilial clinical heterogeneity among carriers of this EPCAM alteration, and hence the difficulty in predicting phenotype for EPCAM-associated Lynch syndrome.


European Journal of Medical Genetics

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35367635/